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Home Forum APK Killifilia Reprodução Reprodução natural em killies não anuais?

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  • #285450
    Luís Oliveira
    Luis Oliveira
    Administrador
    • ★★★★

    Olá a todos,

    Gostaria de vos lançar um debate que creio útil para quem se inicia na killifilia.

    Reprodução natural em killies não anuais.
    – Sim ou não?
    – Vantagens e desvantagens?
    – Alternativas?

    Vamos aguardar as vossas opiniões. São certamente muito importantes.

    Abraço,
    Luís Oliveira

    #285453
    Eduardo Bernardo
    Eduardo Bernardo
    Participante
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    • ★★★

    Viva

    Depende das espécies. Há espécies em que é perfeitamente possível e os irmãos não se comem uns aos outros. Há outras que não dá mesmo.
    Epiplatys por exemplo, é pra esquecer. Há várias espécies de Aphyosemion que facilmente aparecem alevins com os pais e desenvolvem-se muito bem. Aliás, a vezes que experimentei deixar os alevins com os pais eles desenvolveram-se muito melhor do que os que foram separados.

    Abraço

    Eduardo
    APK23

    #285500
    José Cristiano
    José Cristiano
    Administrador
    • ★★

    Viva

    Tema interessante mas com tanto que dizer que daria um livro…

    São tantos os géneros e espécies de killies não sazonais que será impossível para o comum mortal vir a ter experiência com todos eles. Pelo que tenho lido algumas espécies colocam ovos muito sensíveis ao seu manuseio, optando os criadores por optar fazer a reprodução natural nos aquários dos progenitores. Outro fator será o tamanho dos aquários/recipientes onde mantemos essas mesmas espécies e a configuração dos mesmos, se têm muitas plantas, folhas, troncos, refúgios, etc.

    Na maior parte das espécies que mantenho opto por recolher os ovos, assim fico com controle do número de ovos viáveis que tenho de uma determinada espécie e também da data aproximada do nascimento dos alevins (de nada me serve ter ovos prestes a eclodir numa data que eu sei que não posso acompanhar os alevins, férias por exemplo). Embora por vezes apareçam alguns alevins nos aquários dos pais, certamente já teria perdido muitas dessas espécies se insistisse no método natural. Talvez a única exceção tenha sido um aquário de 30 L com um grupo de Fundulopanchax marmoratus com peixes de vários tamanhos e idades. E não para contrariar o Eduardo Bernardo mas sim mostrar aqui que cada um tem a sua experiência, tenho neste momento duas espécies de Epiplatys, roloffi e olbrechtsi, com alguns juvenis nos aquários dos pais.

    Noutras espécies uso quase a 100% o método natural, como é o caso dos Paraphanius similis, Apricaphanius e Esmaeilius vladykovi. Mas lá está, estas espécies mantenho em tanques que vão dos 50 L aos 400 L no exterior…
    Nestas 3 espécies costumo usar também o método “semi-natural”, ou retiro os adultos todos do tanque e aguardo que nasçam os possíveis ovos que lá ficaram ou então mudo uma considerável quantidade de plantas/algas filamentosas para um novo recipiente preparado para o efeito, na maior parte das vezes nem procuro ovos nas mesmas.

    Resumindo, todos os métodos são bons em determinadas situações, só temos que ganhar alguma experiência e usar o nosso bom senso.

    Venham de lá mais opiniões…

    Cumprimentos

    José Cristiano

    #285567
    Luís Oliveira
    Luis Oliveira
    Administrador
    • ★★★★

    Olá a todos,

    Como foi dito pelo nosso sócio e amigo José Azevedo noutro local, o método natural é a melhor maneira de se perder uma espécie. Isto na grande maioria dos não sazonais.

    Como se processa o método natural, segundo o meu ponto de vista?
    Prepara-se o aquários para receber o casal, com muitas plantas (bastantes), mais do que um mop, troncos e folhas secas. Ou seja, criam-se condições para o casal se reproduzir tranquilamente, os alevins irem aparecendo e alguns (os mais vigorosos) sobreviverem e atingirem a maturidade.
    Parece perfeito. Não dá muito trabalho ao criador e obtém-se descendência.

    Então o que pode correr mal? Não havendo intervenção directa do criador, vai-se ficar à espera que apareça o primeiro alevim. E entretanto morre um dos progenitores. Acabou-se!! Em alternativa tenta-se arranjar um substituto para o que morreu ou desiste-se da espécie.

    Para os adeptos deste método eu proponho que antes de terem a espécie em reprodução natural obtenham alguns ovos e alevins em reprodução controlada. Estando a manutenção da espécie garantida, então poderão continuar em reprodução natural.
    Mas quanto a mim, perde-se um dos encantos da killifilia. A indução da reprodução, o manuseamentos dos ovos, a eclosão e acompanhamento mais próximo até à idade adulta e então o inicio de novo ciclo reprodutivo.

    Mas não sou fundamentalista e também eu tenho os Aphanius no exterior em reprodução natural.
    E na fishroom tenho os Pseudipiplatys annulatus “Monrovia”. Neste momento tenho um pequeno grupo com varias idades e tamanhos num aquário com muitas plantas, nomeadamente de superfície. Para ajudar tenho ainda uns dez mops de superfície, ou seja com os fios muito curtos e sem estarem presos num único ponto, mas distribuidos por uma área maior.
    Apesar destas condições demorou algum tempo e a ajuda de amigos, sócios da APK, a oferecerem-me novos casais para novas tentativas.

    Pelo caminho ficaram tentativas fracassadas com outras populações e quase a vontade de desistir da espécie. Mesmo agora, alevins já não encontro. Os irmãos gostam bastante de ir à caça vão dando cabo dos que vão nascendo.

    Como disse o Cristiano, venham de lá mais opiniões para de seguida lançarmos outros temas.

    Abraço,

    Luís Oliveira

    #286936
    Pedro Miguel Santos Pereira Rodrigues
    Pedro Pereira
    Participante
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    Olá a todos,

    Apesar de chegar um pouco tarde ao tópico, não queria deixar de dar a minha opinião.

    A minha experiência não é tão extensa como a das restantes pessoas que aqui responderam, mas a minha perspetiva vai um pouco de encontro precisamente àquilo que o Luís disse. Lembro-me bem de quando descobri a APK e a killifilia, e um dos principais aspetos que me atraiu na altura foi precisamente o facto de ser possível acompanhar tão de perto todo o desenvolvimento, desde que os ovos são postos, recolhendo-os da mop, passando por ver os alevins a desenvolver-se dentro dos ovos, até ao momento em que nascem. E depois disso também poder ver de perto quando começam a ganhar cor até que começam a reproduzir-se.

    Para mim tudo isto é uma das partes mais interessantes e chamativas da killifilia, e algo que se perde muito com reprodução natural. No entanto acho que o ideal é até um intermédio, como o descrito pelo Luís, porque caso tentássemos manter todos os ovos, dada a quantidade de que muitas espécies põem, acabaríamos por ficar muito rapidamente sem espaço (para quem tem fishrooms mais pequenas especialmente). A reprodução natural é um método útil para controlar a população, permitindo que apenas os alevins mais fortes consigam chegar a adultos.

    Excelente tópico, dá para umas conversas muito interessantes.
    Abraço,
    Pedro

    • Esta resposta foi modificada Há 4 years por Pedro Miguel Santos Pereira Rodrigues Pedro Pereira. Motivo: Erro ortográfico
    #286950
    Luís Oliveira
    Luis Oliveira
    Administrador
    • ★★★★

    Viva,

    Obrigado Pedro.
    A ideia é irmos lançando temas a debate. Todos aprendemos coisas novas e há assuntos para nós perfeitamente banais, mas que são grandes novidades para quem se inicia.
    Por isso, obrigado por dares a tua opinião.

    Abraço,
    Luis Oliveira

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