Permitir uma mini-venda na convenção APK, Sim ou Não?

[Ricardo Fonseca]

Há uma questão premente e esta é… é preciso ter a noção que nem todos os sócios e aficionados têm 100 aquários de killies e outros 100 de crescimento. Pelo que “vender” uma turfa para poder obter créditos para licitar aquele casal tão apreciado pode ser a única forma de um sócio específico ter capacidade de a obter.

Sinceramente, creio, sem prejudicar em nada o funcionamento da APK e os seus princípios, esta seria uma boa forma de introduzir uma novidade e dar algumas facilidades a quem quer entrar neste ramo particular da aquariofilia.

[Vasco Gomes]

Olá.

Tal como já vários referiram, este é um assunto que se está a tornar demasiado complexo para se discutir aqui. Já apareceram, e podem aparecer mais, dificuldades de expressão e dificuldades de entendimento (não estou a chamar burro a ninguém, estou a dizer que nem todos escrevem da mesma maneira e o mesmo texto pode ser interpretado de várias maneiras, dependendo do estado de espírito do leitor) e isso não é bom para ninguém. Agradeço que continuem a colocar aqui os vossos pontos de vista, que serão úteis para se tomarem decisões, mas evitem as confrontações desnecessárias. Até porque nenhuma decisão será tomada aqui no fórum.

No outro tópico disse que pela minha parte não levaria o assunto do leilão intercalar a discussão em reuniões de Direcção. Parecia-me haver uma clara tendência para recusar o leilão nos moldes referidos na mensagem inicial, que eram estes (referentes à convenção SEK):

Este ano vai haver um leilão intercalar, no sábado. Da verba licitada, 25% irá para os cofres da SEK e 75% para os cofres…do criador.

Foi isto que esteve em discussão. Bastante claro, não concordo que houvesse ali confusão e o debate pareceu-me bastante esclarecedor.

Agora aparece uma nova proposta do Miguel Figueiredo. Como sempre da parte dele, muito bem elaborada (com necessidade de algumas clarificações de pormenor) e inteligente. Por isso mesmo merece uma análise mais aprofundada que, na minha opinião, deverá ser feita numa reunião de Direcção pelo que a colocarei na agenda logo que possível.

Como Presidente da Direcção é o que eu tinha para dizer.

Como sócio da APK quero deixar a minha breve opinião inicial sobre esta proposta e que é a seguinte:

Por muito inteligente e bem elaborada que esteja a proposta, a questão de princípio mantém-se. Não concordo que a APK patrocine a venda de peixes, turfas, ovos, plantas, pasteis de bacalhau, etc entre sócios. Mesmo que se pratique o eufemismo de não entregar notas mas sim cupões de crédito ao vendedor (eu não tenho nojo de dinheiro, desenganem-se). Mesmo que essas notas ou cupões sejam apenas utilizadas no leilão de Domingo. Isso não importa para nada, é apenas uma maneira inteligente de tornear a questão principal que é esta:

– A APK foi construida (não Ricardo, não me canso mesmo :)) sobre um espírito de camaradagem, generosidade e desinteresse que não é muito vulgar. Talvez porque eramos muito poucos no início, não sei bem. Na minha opinião é isso que faz da APK o que ela é. As turfas são dadas, não são vendidas nem trocadas. As plantas são dadas, não são vendidas nem trocadas. Idem para ovos, comida viva, etc. Seja essa venda directa ou intermediada pela APK, como se propõe (porque o que se está a propor é uma venda intermediada pela APK). Uma pessoa tem pouco dinheiro para comprar uma espécie que quer? Não precisa de dinheiro, quem tem dá. Se não tem para dar, não há dinheiro que compre. Tem excedentes em que já ninguém na APK está interessado? Quer alguma coisa que não esteja disponível entre sócios da APK? Faz contactos no estrangeiro, novos amigos, e troca. Ou vende, se quiser e a titulo individual, num site leiloeiro (normalmente a um não sócio APK) e faz dinheiro para comprar a alguém (normalmente também não sócio da APK).

A possível não aceitação desta proposta até poderá fazer a APK perder algum dinheiro. Que se lixe, a APK tem uma situação financeira estável e nenhum projecto ficou por cumprir por falta de dinheiro. Não podemos é correr o risco de deixarem de existir tópicos como este http://apk.pt/forum/index.php?topic=240.0, este http://apk.pt/forum/index.php?topic=279.0, este http://apk.pt/forum/index.php?topic=280.0 ou este http://apk.pt/forum/index.php?topic=278.0, entre outros. O Miguel falou numa situação de um dos nossos criadores conceituados ter distribuido gratuitamente peixes numa convenção. De facto, foi o Alberto Reis que distribuiu dezenas de Nothobranchius (não Austrolebias) numa tarde de Sábado, há uns 3 ou 4 anos. Prejudicou as receitas da APK (a meia dúzia de lotes que foram ao leilão não foram vendidos ou ficaram pelo preço base) mas foi uma demonstração poderosa do espírito APK. A APK perdeu uns euros mas ganhou uma data de sócios felizes, até lhes brilhavam os olhos enquanto pescavam naquele aquário :D.

Mas, tal como disse mais acima, acho que a inteligência da proposta merece que ela seja debatida de outra forma, não apenas aqui. Mais a mais pela consideração que me merecem todos os apoiantes da mesma, alguns amigos e parceiros de longa data da APK como o Vitor, o Miguel e o Ruben, outros mais recentes como o Ricardo Fonseca. Por isso vou propor a sua discussão numa reunião de Direcção.

Abraços.

[Ricardo António]

De facto, foi o Alberto Reis que distribuiu dezenas de Nothobranchius (não Austrolebias) numa tarde de Sábado…

só uma pequena correcção…. O Alberto Ofereceu Austrolebias e Nothobranchius 🙂

abraço

[Vasco Gomes]

Obrigado pela correcção, Ricardo. Eram tantos os Nothobranchius que nem vi os outros  ;D

[RubinhoOLD]

Boas a todos!

Felizmente que o tópico foi excepcionalmente moderado quando parecia tomar um outro rumo.

Eu, como ainda jovem na matéria, já estupidamente noutro Forum não consegui lidar da melhor maneira com uma situação delicada, que mais tarde se veio a tornar numa calamidade.

O que posso dizer é que aprendi com os meus erros, e ninguém é velho demais para chegar às mesmas conclusões: estamos todos aqui porque algo nos une e devemos moderar o nosso temperamento.

Relativamente ao facto de existir um mini-leilão no Sábado, talvez tenha sido mal interpretado.

Eu não sou a favor nem contra algo, que ainda não está concretizado em regulamentos. Não posso estar a favor ou contra algo que desconheço.

O que eu sim sou a favor, é que sejam elaboradas as linhas gerais, orientadoras deste comércio paralelo que até muito recentemente era levado a cabo nas barbas da APK.

Sou apenas apologista de que o modo de actuar esteja regulamentado, nada mais que isso.

Resumindo, não digo com isto que sou a favor e de que irei activamente fazer essas compras, até porque quem me conhece sabe que de momento não estou comprador nem vendedor de coisa alguma.

Posso até ir mais longe, ao dizer que aquilo que gostaria de ver implementado seria um “mercadillo” ao estilo daquele que tive o prazer de com alguns de vocês assistir na 1ª Convenção da KT.

O mais interessante para mim, nem seria a existência de peixes à venda nesse “mercadillo” (sou um defensor acérrimo de que os peixes deveriam fazer todos parte do leilão e não de vendas na véspera). Somos demasiado pequenos para estes luxos…

No meu ponto de vista, o interessante seria introduzir as ditas turfas na convenção, aspecto proeminente tão característico do hobby dos killis que até à data tem sido descurado.

Contudo, também gostaria de recomendar que, a titulo de exemplo, quem apresente peixes muito jovens a concurso com o único intuito de ajudar a associação, que não seja penalizado com pontuações negativas pelos júris do Grupo (como já ocorreu infelizmente). É que deste modo, nem aperecem alguns lotes a concurso, nem arranjam novos donos extremamente interessados na manutenção dos ditos.

Dou toda a razão a quem defende que este assunto não deveria ser unicamente tratado aqui no Fórum (atendendo à complexidade da matéria), e que em última instância deveria de ser a Direcção a deliberar sobre a matéria.

[Miguel Figueiredo]

Convenhamos, trata-se de uma solução intermédia.

Será exagerado dizer que o sócio não tem vantagens: beneficia, claro, com a possibilidade de peixes mais em conta no leilão de domingo. Mas, por outro lado, também não é uma venda por procuração:

O eventual benefício pode ser usado apenas uma vez e logo no dia seguinte, dependendo de existirem os killies que procuremos. Algo me diz que os maiores criadores não dependerem de um leilão para obterem as espécies que desejam.

A solução é útil para o killiófilo médio, aquele que é capaz de reproduções razoáveis e alguns excedentes mas que tem dificuldades em obter certas espécies. É útil também para aqueles que procuram ovos de determinadas populações e nem sempre os conseguem como ofertas. Talvez não haja muita sensibilidade a isto por parte de quem já tem uma maior rede de intercâmbios. Quem é comprador no mini-leilão é porque não pôde obter aquelas determinadas turfas de outra forma, tal como quem licita no leilão de domingo é porque não pôde obter aquelas determinadas espécies de outra forma.

É uma solução vocacionada para a classe média da killifilia  ;D

Obviamente nenhum mal virá ao mundo se não implementarmos o mini-leilão, afinal já temos uma das melhores convenções da Europa.

O que não quer dizer que não possamos também ter uma convenção mais abranjente e mais inovadora.

Miguel

[Paulo José Alves]

Olá

O essencial desta discussão já foi debatido noutro topico, a questão é a mesma. As consequências seriam as mesmas, as chatices consequentes seriam as mesmas. O preço que a APK iria pagar seriam as rachas no edificio que construimos nestes anos e que é invejavel no panorama associativo europeu dos killies. Tudo isto é claro, o malabarismo da proposta de regras e créditos e coisas que tais não esconde que o que está em jogo é uma ameaça para a associação, nada menos que isso. Acreditem em mim, já vi esta telenovela muitas vezes no estrangeiro e os membros da direcção dessas associações são muitas vezes os primeiros a lamenta-la mesmo quando têm este tipo de vendas todos os anos, sem falar que têm muitos mais socios que nós o que alivia as consequências, e mesmo assim…
Volto a dizer que este forum é para se exporem ideias e o Miguel figueiredo e o Vieira, que sabem bem o apreço que tenho por eles, fizeram bem em pôr aqui as suas opiniões. Uma associação sem ideias está morta, mesmo que sejam como esta em que eu estou em desacordo.

Abraço
Paulo José

[Nuno Domingos]

(…)
Será que não estão a ver onde isto vai dar?

Proponho, mini-leilão no sábado podem vender tudo (ia escrever até as mães) mas esse dinheiro vai todo para a APK. No leilão de domingo se quiserem comprar coisas, sai do bolso não há aqui créditos para ninguém!

Se não gostam assim é porque querem fazer dinheiro por fora.

O meu nome para quem já o sabia é Nuno Domingos, já o tinha referido na página de apresentação.

Peço desculpa por terem pensado que estava a “avacalhar” mas sinceramente eu sou directo nas minhas opiniões não sou de rodeios.

Quando estava a responder ao tópico eu ter chegado à conclusão que a ideia que estava no tópico para certas pessoas não estava aberta a reformulações ou algo parecido, passei para uma proposta que eu já sabia de ante-mão iria logo ser descartada pois não era isso que queriam.

Eu sou daqueles sócios que até hoje só receberam coisas de outros sócios, contribuí com nada além da minha presença em alguns almoços e gosto muito do espírito como é e como sempre deverá continuar. Considero que o caso em questão iria contrariar esse espírito APK.

Escrevi no post anterior que “(ia escrever até podiam vender as mães)” – para quem me conhece sabe que aquilo era uma brincadeira, olhem o Vasco optou por “Pasteis de Bacalhau”.

—
Em relação eu não ter o meu nome escarrapachado no fórum isso deve-se a um pequeno “erro” de perfil que não me o permite alterar! (devia de permitir mas não permite).

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