O valor dos filtros usados nos nossos aquários reside nas colónias de bactérias aeróbicas (=que funcionam com recurso a, ou na presença de, oxigénio) que nele se estabelecem e vão transformando a porcaria que se acumula em compostos mais ou menos inertes e inócuos. Sendo que estas colónias são fixas sobre um substrato, serão tanto mais extensas (logo, mais eficazes) quanto mais superfície tenham para se instalar. A superfície útil para as bactérias é aquela sobre a qual passa água.

Se os nossos filtros entupirem com restos de comida e fezes, algas, etc., deixam de poder oferecer boas condições para essas bactérias e, no limite, tornam-se locais favoráveis ao desenvolvimento de colónias de bactérias anaeróbicas (=que funcionam sem oxigénio) que vão contribuir para a poluição. Por essa razão, sempre que notemos que há demasiados detritos acumulados sobre os nossos filtros, devemos retirá-los e lavá-los apenas em água corrente para não destruir as colónias de bactérias. Nada de detergentes, fervuras, desinfectantes, etc. E nada de deixar os filtros a sêco ou parados muito tempo – as colónias de bactérias necessitam do oxigénio que a corrente de água lhes traz. Se não a têm, morrem e poluem o aquário.